Registro ICTBIO:MAB:CEE:2020-0278A-C, Coleção Ecológica de Entomologia, Museu Aberto de Biodiversidade - MAB, Instituto de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade -ICTBIO.
www.ictbio.org
#borboleta #butterfly #biodiversidade
Registro ICTBIO:MAB:CEE:2020-0278A-C, Coleção Ecológica de Entomologia, Museu Aberto de Biodiversidade - MAB, Instituto de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade -ICTBIO.
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#borboleta #butterfly #biodiversidade
Confira a notícia na íntegra.
REFERÊNCIA:
https://www.agenciadanoticia.com.br/parana/noticias/exibir.asp?id=98958¬icia=moradores-se-assustam-ao-encontrar-animal-misterioso-e-professor-diz-eu-nunca-vi
https://redevitrine.com.br/moradores-se-assustam-ao-encontrar-animal-misterioso-e-professor-diz-eu-nunca-vi/
https://www.metropoles.com/brasil/moradores-de-curitiba-se-assustam-durante-encontro-com-animal-misterioso
https://www.fatoamazonico.com.br/moradores-de-curitiba-se-assustam-durante-encontro-com-animal-misterioso/
https://www.bandab.com.br/cidades/misterio-sobre-animal-que-assustou-moradores-da-rmc-e-desvendado-por-biologa-que-explica-tudo/?fbclid=IwAR0TyVKbSq8-9gzuFTU0x8gtMwB6jX9EyjUZ2Az1kZGL2D3mrjJDD0X0MyY
---------- Forwarded message ---------
Prezados editores da Banda B,
Ontem recebemos a informação sobre uma notícia a respeito do animal misterioso encontrado na Região Metropolitana de Curitiba, veiculada pela Banda B, e achamos conveniente prestar o esclarecimento que segue.
Primeiramente, somos ambos biólogos pesquisadores do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade – ICTBIO, Sérgio Morato* e Maristela Zamoner**, curadores das coleções, respectivamente, herpetológica e entomológica da instituição.
Sérgio Morato (herpetólogo/curador do ICTBIO): O que vemos na fotografia do senhor Celso Almeida não é uma serpente, mas sim a larva ou lagarta de uma mariposa que imita a aparência de uma serpente. Em Ecologia, essa imitação recebe o nome de mimetismo, no qual um animal geralmente inofensivo se assemelha a outro que seja perigoso para seus agressores. No caso da lagarta em questão, o mimetismo com uma serpente possivelmente vise protegê-la principalmente de aves, que devem ser seus principais predadores. Essa arte da imitação é presente nos mais variados grupos animais. Um exemplo clássico consiste nas cobras corais falsas, em geral inofensivas, mas que têm sua coloração similar às cobras corais verdadeiras, estas bastante perigosas em função da toxicidade de seus venenos.
Maristela Zamoner (lepidopterologista/curadora do ICTBIO): O exemplar fotografado tem características compatíveis com as fases larvais da espécie Eumorpha labruscae, que foi descrita por Linnaeus, no ano de 1758. É importante ressaltar que esta espécie, em suas fases jovens como neste caso, não oferece risco ao humano, como ocorre com espécies dos gêneros Lonomia ou Periga. O adulto de Eumorpha labruscae é uma mariposa belíssima, prestadora do valioso serviço ecossistêmico da polinização(1). Deve ser preservada como parte relevante da nossa biodiversidade. Tanto fases jovens quanto adultos estão bem registrados vivos no Brasil(2) nos últimos seis anos, inclusive nos estados do Sul, conforme a plataforma de ciência cidadã iNaturalist, a maior do planeta na atualidade, mantida pela Academia de Ciências da Califórnia como o apoio da National Geographic. Suas fases jovens são conhecidas há pelo menos duas décadas(3), até já ganharam os jornais algumas vezes(3).
Conseguimos, para a Banda B, autorização de publicação das imagens dos adultos, com o autor das fotografias Onildo João Marini Filho.
2 –
https://www.inaturalist.org/
*Sérgio Augusto Abrahão Morato. Biólogo, Mestre e Doutor em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná.
Durante sua carreira atuou como curador da coleção de herpetologia do Museu**Maristela Zamoner. Iniciou seus estudos com lepidópteros na primeira metade da década de 1990, durante a graduação. Ao longo de sua carreira acumulou experiência com lepidópteros na prestação de consultorias ambientais, na realização de estudos profissionais em conservação, em monitoramento, e na publicação de artigos e livros. Ainda vivenciou profissionalmente o serviço de curadoria em coleções científicas tradicionais de invertebrados. No âmbito da educação, atuou não formal e formalmente, do Ensino Fundamental à pós-graduação. Na graduação ministrou disciplinas de Biologia Ambiental para Engenharia Ambiental, quando publicou o primeiro livro brasileiro de Biologia Ambiental, em 2007. Até hoje o livro é indicado nas ementas de cursos ofertados por Institutos Federais brasileiros. É autora em dezenas de livros, sendo que dentre os últimos destacam-se os que podem ser baixados gratuitamente pelo site da Comfauna Livros. Atualmente é bióloga do Museu Botânico Municipal, no Jardim Botânico de Curitiba, onde atua com estudos profissionais sobre ecologia e biodiversidade de borboletas voltados especialmente para conservação. Ainda nesta instituição conduz eventos de educação ambiental. Dirige a Comfauna Livros e é proprietária, com seu esposo, da Casa do Biólogo, canal do Youtube de documentários e cursos audiovisuais em educação ambiental.Coordena a Escola de Biodiversidade do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade – ICTBIO, instituição na qual também é pesquisadora e curadora da Coleção Ecológica de Entomologia, que integra ao Museu Aberto de Biodiversidade. Por formação, é bióloga licenciada, especialista em Educação Ambiental, em Direito Ambiental, em História e Antropologia e mestre em Zoologia. Atua devidamente registrada pelo Conselho Regional de Biologia. Por fim, é hoje, primeiro lugar mundial em registros de borboletas vivas na maior plataforma de ciência cidadã do planeta, iNaturalist, mantido pela Academia de Ciências da Califórnia com apoio da National Geographic.
FOTOS AUTORIZADAS PARA REPRODUÇÃO PELA BANDA B, COM OS CRÉDITOS: FOTO DE ONILDO JOÃO MARINI FILHO