Por
Deni Lineu Schwartz Filho e Maristela Zamoner
Assistimos grandes figuras brasileiras envolvidas em crimes que a cada
dia parecem mais insanos. Crimes de todos os tamanhos, que não se restringem a
uma ou outra bandeira. Crimes cometidos por quem se sente imune à punição.
35 anos de impunidade* |
Podíamos desenterrar muitas histórias para lembrar a tradição brasileira
de uma justiça desfeita pelos poderes que nós legitimamos. Darwin, por exemplo,
registrou parte deste triste legado.
Era 3 de julho de 1832. O naturalista que estava no Brasil, sentindo um
profundo descontentamento diante da percepção de uma impunidade triunfante,
registrou em seu diário:
Fui à cidade. Ao desembarcar, encontrei a
praça do palácio coberta de pessoas em torno da casa de dois cambistas que foram
mortos ontem a noite de uma forma mais atroz do que o normal. É algo aterrador
ouvir os crimes monstruosos que se cometem diariamente e escapam sem punição.
Até quanto sustentaremos o rótulo da impunidade?
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