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sexta-feira, 26 de outubro de 2018

26 de outubro de 2018, todas vivas

Logo cedo ao verificar a folha na qual nos últimos dias contamos 21 (vinte e uma) lagartas, constatamos todas vivas. Por enquanto seu desenvolvimento está normal, sem sinais de predação, nem parasitismo ou alguma doença. Aguardemos aos próximos capítulos na expectativa de ver pelo menos uma borboleta.

Espécie: Mechanitis lysimnia.
Local: Curitiba/PR.


quinta-feira, 25 de outubro de 2018

25 de outubro de 2018 - 21 lagartas vivas

Hoje contamos o número de lagartas que acompanhamos em campo, 21 (vinte e uma). Como é possível notar, o número é o mesmo que vemos nas fotos de ontem e também o mesmo número de ovos observados desde o dia 18 de outubro. Estavam todas juntas e na parte inferior da folha. Aparentemente até agora não houve nenhuma perda, parecem estar com boa alimentação, todas têm tamanho aparentemente semelhante e a folha apresenta suas roeduras.

Seguem nos próximos dias as observações com as contagens para verificação das perdas.

Espécie: Mechanitis lysimnia.
Data: 25 de outubro de 2018.




quarta-feira, 24 de outubro de 2018

24 de outubro de 2018 - Mechanitis lysimnia, contando uma história real



Hoje, logo cedo, em plena chuvinha, visitamos as recém-nascidas lagartas cujas vidas vamos acompanhar nos próximos dias.

Estavam todas bem e a folha verde onde sua mãe depositou os ovos que as abrigaram por alguns dias, tinha sinais de que estão se alimentando bem!

Duas aranhas estão na mesma planta e parecem esperar o momento certo para fazer uma refeição de lagartas. Mas elas não oferecem risco para todas.

Na mesma planta ainda podemos ver suas irmãs mais velhas cujos corpos agora abrigam outras espécies, parasitas.
Não sabemos quando estes parasitas nascerão, mas ao saírem de seus casulos devem acasalar imediatamente e as fêmeas buscarão lagartas para ovipositar, colocando em risco todas as nossas protagonistas. Esperamos que mesmo havendo este risco pela frente, sobrem algumas para que possamos contemplar o surgimento indescritível e improvável de uma borboleta.

Bem próximo dali, em outra folha, o corpo da lagarta antes sugada por um hemíptero ainda pende, enquanto suas irmãs mais novas parecem velá-lo. Insatisfeito, o hemíptero já devorou outra lagarta. Ele ainda é jovem, e logo deve procurar mais uma e mais outra lagarta, afinal, de outra forma ele próprio não terá chances de se desenvolver.

Será uma torcida intensa para que ao menos uma das nossas lagartinhas sobreviva às aranhas, aos parasitas e ao hemíptero que já estão na mesma planta prontos para devorá-las. Será uma torcida para que outros riscos ainda invisíveis não as dizimem por completo.


Na planta vizinha uma postura da mesma espécie não teve a mesma sorte das nossas pequenas. Todos os ovos tinham sinais de predação. Não sabemos quem os destruiu, mas entre os insetos que gostam de predar ovos, estão algumas formigas.

Venha conosco nesta aventura. Serão vários dias acompanhando a vida destas borboletas jovens. Para receber novos capítulos, siga nosso blog!

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Um novo dia, um novo começo, esperança de uma borboleta!

E veio um novo dia! Com ares renovados e esperança fresca! Nossos ovinhos geraram lagartinhas bebês, que nasceram saudáveis e comilonas! Desta vez, todos os ovos se salvaram, depois de 4 dias cada um deles gerou uma nova lagartinha. Então, hoje começamos a acompanhar mais uma história, são algumas dezenas de lagartas que começam a experimentar os perigosos desafios da vida. Será que desta vez conseguiremos ver ao menos uma borboleta adulta? Vamos acompanhar, a cada dia vou contar um pouquinho desta aventura!!!

Espécie: Mechanitis lysimnia.
Local: Curitiba/Paraná.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Morreram todas.

E... morreram todas.
No primeiro dia havia uma fêmea no auge de sua vitalidade, esbanjando beleza, empenhada em colocar suas dezenas de ovos nas pontinhas das folhas bem verdes. Cheia de esperanças em sua prole.
Nos dias seguintes alguns ovos foram destruídos, mas outros escaparam e começaram a nascer lagartinhas com aquele típico ar de jovialidade. Vieram outros insetos, parasitaram a maior parte das sobreviventes.
Ficaram duas ou três vivas que quase chegaram a fase de casulo, se não tivesse surgido este hemíptero bebê faminto, preto e vermelho, que as sugou pela extremidade até não suportarem vivas.
Daquela primeira coleção de ovos, nenhum chegou vivo ao ponto de descobrir o que é ser uma borboleta. Mas nesta jornada, foram fonte de vida para outras espécies que delas dependem para existir.
Ao seu jeito, cumpriram sua missão. Mas não fiquemos tristes, no mesmo local existem ovos prontos para gerar mais lagartas que lutarão bravamente para tentar chegar a fase reprodutiva, quando nos deslumbram com seus encantos.


É uma história que deve nos ensinar a ter muito, mas muito respeito por aquele ovo que consegue um dia descobrir o que é voar. Afinal, para cada borboleta madura que chega a fase reprodutiva, dezenas de suas irmãs jovens foram mortas pelo caminho. Uma borboleta pode dar a impressão de ser frágil, mas sua vida conta uma história de muita força e bravura.

Espécie: Mechanitis lysimnia.
Data da observação: 22 de outubro de 2018.
Local: Curitiba, Paraná.



Saiba mais: https://www.inaturalist.org/observations/17660327

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Uma jornada cheia de perigos

Ainda há pela frente da vida destas futuras borboletas uma jornada perigosa, o final do estágio de lagarta e toda a fase de pupa, tempo pelo qual continuará a exposição aos muitos fatores de risco para sobrevivência, como vemos nas fotografias (parte das lagartas com características de terem sofrido parasitismo fatal). Uma borboleta adulta, merece muito respeito, seu sacrifício só é aceitável se não existe nenhuma outra forma de estudo e se a investigação em si for diretamente importante para sua conservação. Uma borboleta que chega a fase reprodutiva, no esplendor de sua fase alada, merece viver e ter a oportunidade de deixar seus ovos na Natureza, afinal, a minoria deles terá a chance de, um dia, alçar voo.

Espécie: Mechanitis lysimnia.
Data da observação: 19 de outubro de 2018.
Local: Curitiba, Paraná.


Saiba mais: https://www.inaturalist.org/observations/17660327

domingo, 14 de outubro de 2018

Biólogos criam grupo de Protetores da Fauna Silvestre

Ontem foi criado o grupo "Protetores da Fauna Silvestre", na rede social Facebook, que reúne biólogos a fim de discutir questões relacionadas aos animais nativos e as pressões causadoras de impactos a sua sobrevivência.
Os organizadores trazem a pauta as seguintes argumentações: 
"Precisamos estar juntos pelo bem-estar de todos os animais e não só de alguns! É preciso pensar ecologicamente, nas espécies e não somente nos espécimes. E as espécies que estão em risco, hoje, são as nativas e não as exóticas.Então, as ações que envolvem exóticos cujas espécies não estão ameaçadas, como cães e gatos, jamais podem aumentar riscos para as nativas que já estão pressionadas por muitos fatores.São importantíssimas as ações com cães e gatos que não perdem esse valor básico! O limite que deve haver está no exato ponto em que alguma destas ações ofereça qualquer possibilidade de risco para espécies nativas. É possível atender a todas estas necessidades, mas precisamos estar juntos nesta consciência.Tenho certeza que nenhum defensor de cães e gatos gostaria de saber que suas atividades podem ser mais uma ameaça a espécies nativas que estão se acabando por outras pressões promovidas por nós!" - Maristela Zamoner, bióloga servidora pública.
"Nas redes sociais o tema "Proteção Animal", infelizmente, é conduzido sob um olhar antropomórfico, pelo qual os animais são "humanizados" não se admitindo uma abordagem mais técnica e científica que priorize a conservação das espécies autóctones. Também, na prática, essas discussões se reduzem aos cães e gatos, mais raramente a outros animais de estimação e quase nunca à nossa fauna in situ. O grupo Protetores da Fauna Silvestre foi criado para abrir espaço para essa discussão". Deni Lineu Schwartz Filho, biólogo empreendedor.