A bióloga Maristela Zamoner atua na área de lepidópteros desde meados dos anos de 1990. Mas somente em 2018 começou a registrá-los em vida. Foi no dia 13 de março de 2018 que tudo começou, a bióloga fotografou, em uma Unidade de Conservação de Curitiba uma mariposa incomum, conhecida como a maior do mundo, com cerca de 30cm de envergadura. Se tratava de um macho da espécie Thysania agrippina, espécie conhecida como bruxa-branca, ou mariposa-imperador. Foi o primeiro registro que inseriu em seu perfil na maior plataforma mundial de biodiversidade e Ciência Cidadã.
O registro fez com que pesquisadores dos EUA a contatassem no intuito de descobrir fases jovens do inseto. A partir desta primeira experiência, tornou-se uma rotina alimentar a plataforma com fotografias de borboletas, postadas com as respectivas espécies identificadas.
Ao final de 2018, os resultados ensejaram um convite da chefia do Museu de História Natural do Capão da Imbuia para institucionalização das atividades, integrando-as oficialmente ao escopo de trabalho da instituição onde a bióloga já atuava, no serviço de curadoria da coleção científica de invertebrados.
Logo foi contatada pelo ICMBIO de Brasília, para integrar atividades na área de lepidópteros e mais tarde por um analista do IBAMA também de Brasília, quando foi informada ser referência internacional na área de lepidopterologia por ocupar o primeiro lugar mundial em registros de borboletas no maior portal de biodiversidade e ciência cidadã do planeta, o iNaturalist. Maristela Zamoner é uma entre os mais de 300.000 observadores de borboletas que integram ao iNaturalist. Ela contribuiu até o momento com mais de 14.000 registros de borboletas e suas identificações, quase o dobro de registros do segundo lugar, de Singapura. A especialista é hoje uma das curadoras do portal iNaturalist, onde desenvolve projetos e guias além de contribuir destacadamente com a alimentação do portal.
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